quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Adoção Homoafetiva (II);

Quando se trata de homossexualidade, a questão da adoção é algo extremamente polêmico que enseja controvérsias tanto nos meios jurídicos, quanto sociais e religiosos. A oposição baseia-se no questionamento em relação ao estado psicológico da criança e a sua convivência acedida dentro da sociedade. Negar o processo adotivo a uma pessoa pelo simples fato dela ser considerada diferente dos padrões “normais”, estabelecidos pela sociedade, é um ato de discriminação.

O princípio da adoção, em qualquer plano legislativo, é defender o bem estar da criança levando em consideração sua atual condição de vida e como seria se vivesse num novo lar. Se a união entre duas pessoas, inclusive homoafetivas, tiver um lar duradouro, onde se estabeleça os deveres de assistência diária e convivência num ambiente digno e tranqüilo, não se pode negar a visível vantagem para o adotado, que, na maioria das vezes, vivia em condições precárias de abandono e maus tratos.

Porém, uma razão utilizada pela oposição para o não reconhecimento legal de famílias homoafetivas é a crença generalizada de que esse tipo familiar interferiria prejudicialmente no desenvolvimento psicológico dessas crianças. Resumem, basicamente, que a ausência de uma figura do gênero masculino ou feminino colocaria em risco a identidade sexual da criança, podendo esta tornar-se homossexual também. Confunde-se, portanto, a sexualidade com a função parental – ligada somente às questões de disciplina, comportamento e supervisão. Se fosse regra, pais heterossexuais não teriam filhos homossexuais.

Além disso, a apreensão de que o adotado possa ser alvo de repúdio na sociedade, seja na escola ou nas ruas, sofrendo escárnios dos próprios colegas e vizinhos, acarretaria perturbações psicológicas e problemas de inserção social. Porém, com base em pesquisas, não foram constatados quaisquer efeitos que prejudicassem o desenvolvimento moral ou emocional por conviver com pais do mesmo sexo; comprovando que a falta de pais heterossexuais não coloca em risco a identidade de gênero da criança.

Fica claro, portanto, que a polêmica que entorna a adoção homoafetiva na sociedade é basicamente relutância dos opositores baseados em idéias pré-formuladas, ou seja, preconceito e discriminação. Essas idéias, por sua vez, se esculpidas com reflexão, regulamentaria esse processo solidário e consciente, diminuindo em grande escala o índice de crianças órfãs no Brasil.

(Dissertação Argumentativa) Carlos Augusto Pereira

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Distorção do Verídico;

Ao desempenhar seu papel na transmissão de informações e entretenimento aos telespectadores, a TV brasileira tem, nos últimos anos, deformado o que realmente é fato ou verídico; principalmente quando os autores de artigos ou telematurgias distorcem, de certa maneira, determinado tema, ao que eles julgam ser correto.

Estimuladas pelo capitalismo exercido sobre a sociedade de hoje, as emissoras de TV tendem a transmitir o que atraia atenção do público, e acabam se tornando incoerentes e mesquinhas ao esculpirem a realidade. A homossexualidade, por exemplo, pauta e tema de muitas telematurgias brasileiras, é mostrada de maneira retórica e distorcida; cenas agressivas, esdrúxulas e preconceituosas são vistas constantemente, mas as afetivas são tratadas como afronta à sociedade. É exatamente isso que os autores fazem: usar o “comum” por temerem a “perda” dos telespectadores, mesmo que o comum não seja verdade.

A sociedade brasileira, por ser cega e carecida de senso crítico, acaba sendo manipulada e submetida à surpreendente influência que a TV exerce sobre ela, nos hábitos e na maneira de pensar. É evidente que os meios de comunicação, principalmente a televisão, são grandes formadores de opinião, do contrário não se investiria tanto em propagandas e marketing. A violência, a sexualidade, os estereótipos de raça e gênero e o abuso de drogas e álcool são temas comuns nos programas televisivos; e por tamanha influência, o público incompreensível pode assumir o que vê como sendo algo normal, aceitável e, por vezes, posto em prática.

Desse modo, as mutações que as informações sofrem das emissoras da TV brasileira, devido às distorções e deformações do que é verdade, tendem “empobrecer” os conceitos étnicos da população, que não desfrutam desse contexto por natureza; mas se estimulados por leitura, debates e pela busca por conhecimentos, quem empobreceria, só que agora economicamente, seriam as próprias emissoras, por lidarem com pessoas fertilizadas de senso crítico.

Você até tem o direito de julgar pelo o que vê superficialmente, mas expor seus “achismos” com a intenção de manipular as pessoas à tornarem-se adeptas aos seus conceitos, não!

Carlos Augusto Pereira