quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

LGBT em 2011;


A comunidade LGBT foi posta, em 2011, à diversos fatos e acontecimentos importantes. Ainda percebemos intolerância, preconceito, agressões e desrespeito assim como nos anos anteriores, mas 2011 foi marcado pela criação de novas leis e politicagens que conseqüentemente desencadearam inclusão de muitos jovens na sociedade.

Casamento homoafetivo, sem dúvidas, foi um dos temas mais abordados. No Brasil, a legislação do Superior Tribunal Federal reconheceu e aprovou a união estável entre casais do mesmo sexo. O mundo também foi marcado por esse tema, em diversos templos religiosos, tanto cristãos quanto judaicos, foram realizadas tais cerimônias. Apesar da polemica trazida com esse fato, com protestos religiosos, políticos e sociais, essa consideração era necessária para iniciar a inclusão dos homossexuais no meio civil.

Falando em protestos políticos, quem não lembra do “Sr. Pai dos Gays”, o deputado Jair Bolsonaro? Com seus comentários esdrúxulos que condenavam a homossexualidade, encarando-a como desvio de condutada e má criação. Não só Homofobia, mas xenofobia e racismo estavam presentes nos debates e polêmicas que envolviam o deputado. 

Papa Bento XVI também deu seus ares nesse tema, afirmou que os homossexuais devem ser respeitados como pessoas que "não devem ser discriminadas porque apresentam aquelas tendências". "O respeito pela pessoa é absolutamente fundamental e decisivo", defendeu o Pontífice. Ele completou que, "todavia, o profundo sentido da sexualidade é um outro. Poderia dizer, querendo se expressar nestes termos, que a evolução gerou a sexualidade com a finalidade da reprodução". Essas citações apenas enrolaram sua postura diante à homossexualidade, ficou ambígua, incoerente. Afinal Papa Bento XVI condena ou não a relações entre pessoas do mesmo sexo? Fica a incógnita.

As agressões ficam por conta das grandes metrópoles, São Paulo e Rio de Janeiro demonstraram-se cidades bastante homofóbicas, de um modo generalizado obviamente, porém liderando o ranking de denúncias de intolerância e preconceito homossexual. As notícias e os maiores escândalos concentram-se nessa região; lembram-se do pai e filho que foram agredidos por serem confundidos com gays? - Interior de São Paulo. Mas Sabemos que esse tipo de atitude irracional está presente no mundo todo, pequenas, médias ou grandes cidades; preconceito existe aonde menos esperamos.

Homossexualidade abordada nos emissoras de televisão serviu como método de conscientização das pessoas que acompanhavam as telenovelas; porém essas emissoras tenderam transmitir o que atraia atenção do público, e acabaram se tornando incoerentes e mesquinhas por esculpirem a realidade, enquadrando o temo ao que julgavam ser tolerado pelos telespectadores. Agressão física e verbal foi mostrada, mas gestos afetivos eram raros, eram estampados com outras cenas. O público não está preparado? Como estariam se não são informados sobre o verídico?

Muita coisa ruim marcou esse ano, mas muito se fez pra “melhorar” a vivência de gays, lésbicas, transexuais, trangêneros, travestis... no meio social, como civis e cidadãos. Cabe ao mundo a reflexão, a tolerância, o respeito ao próximo não importando cor, raça, religião ou sexo, em 2012, para novas conquistas serem efetuadas.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Adoção Homoafetiva (II);

Quando se trata de homossexualidade, a questão da adoção é algo extremamente polêmico que enseja controvérsias tanto nos meios jurídicos, quanto sociais e religiosos. A oposição baseia-se no questionamento em relação ao estado psicológico da criança e a sua convivência acedida dentro da sociedade. Negar o processo adotivo a uma pessoa pelo simples fato dela ser considerada diferente dos padrões “normais”, estabelecidos pela sociedade, é um ato de discriminação.

O princípio da adoção, em qualquer plano legislativo, é defender o bem estar da criança levando em consideração sua atual condição de vida e como seria se vivesse num novo lar. Se a união entre duas pessoas, inclusive homoafetivas, tiver um lar duradouro, onde se estabeleça os deveres de assistência diária e convivência num ambiente digno e tranqüilo, não se pode negar a visível vantagem para o adotado, que, na maioria das vezes, vivia em condições precárias de abandono e maus tratos.

Porém, uma razão utilizada pela oposição para o não reconhecimento legal de famílias homoafetivas é a crença generalizada de que esse tipo familiar interferiria prejudicialmente no desenvolvimento psicológico dessas crianças. Resumem, basicamente, que a ausência de uma figura do gênero masculino ou feminino colocaria em risco a identidade sexual da criança, podendo esta tornar-se homossexual também. Confunde-se, portanto, a sexualidade com a função parental – ligada somente às questões de disciplina, comportamento e supervisão. Se fosse regra, pais heterossexuais não teriam filhos homossexuais.

Além disso, a apreensão de que o adotado possa ser alvo de repúdio na sociedade, seja na escola ou nas ruas, sofrendo escárnios dos próprios colegas e vizinhos, acarretaria perturbações psicológicas e problemas de inserção social. Porém, com base em pesquisas, não foram constatados quaisquer efeitos que prejudicassem o desenvolvimento moral ou emocional por conviver com pais do mesmo sexo; comprovando que a falta de pais heterossexuais não coloca em risco a identidade de gênero da criança.

Fica claro, portanto, que a polêmica que entorna a adoção homoafetiva na sociedade é basicamente relutância dos opositores baseados em idéias pré-formuladas, ou seja, preconceito e discriminação. Essas idéias, por sua vez, se esculpidas com reflexão, regulamentaria esse processo solidário e consciente, diminuindo em grande escala o índice de crianças órfãs no Brasil.

(Dissertação Argumentativa) Carlos Augusto Pereira

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Distorção do Verídico;

Ao desempenhar seu papel na transmissão de informações e entretenimento aos telespectadores, a TV brasileira tem, nos últimos anos, deformado o que realmente é fato ou verídico; principalmente quando os autores de artigos ou telematurgias distorcem, de certa maneira, determinado tema, ao que eles julgam ser correto.

Estimuladas pelo capitalismo exercido sobre a sociedade de hoje, as emissoras de TV tendem a transmitir o que atraia atenção do público, e acabam se tornando incoerentes e mesquinhas ao esculpirem a realidade. A homossexualidade, por exemplo, pauta e tema de muitas telematurgias brasileiras, é mostrada de maneira retórica e distorcida; cenas agressivas, esdrúxulas e preconceituosas são vistas constantemente, mas as afetivas são tratadas como afronta à sociedade. É exatamente isso que os autores fazem: usar o “comum” por temerem a “perda” dos telespectadores, mesmo que o comum não seja verdade.

A sociedade brasileira, por ser cega e carecida de senso crítico, acaba sendo manipulada e submetida à surpreendente influência que a TV exerce sobre ela, nos hábitos e na maneira de pensar. É evidente que os meios de comunicação, principalmente a televisão, são grandes formadores de opinião, do contrário não se investiria tanto em propagandas e marketing. A violência, a sexualidade, os estereótipos de raça e gênero e o abuso de drogas e álcool são temas comuns nos programas televisivos; e por tamanha influência, o público incompreensível pode assumir o que vê como sendo algo normal, aceitável e, por vezes, posto em prática.

Desse modo, as mutações que as informações sofrem das emissoras da TV brasileira, devido às distorções e deformações do que é verdade, tendem “empobrecer” os conceitos étnicos da população, que não desfrutam desse contexto por natureza; mas se estimulados por leitura, debates e pela busca por conhecimentos, quem empobreceria, só que agora economicamente, seriam as próprias emissoras, por lidarem com pessoas fertilizadas de senso crítico.

Você até tem o direito de julgar pelo o que vê superficialmente, mas expor seus “achismos” com a intenção de manipular as pessoas à tornarem-se adeptas aos seus conceitos, não!

Carlos Augusto Pereira

sábado, 10 de setembro de 2011

Religião e Homossexualidade;

Que tradição esdrúxula é essa que o cristianismo insiste em pregar sobre diferentes tipos de sexualidade na sociedade? A freqüência na utilização dos termos "o que é correto", "divino" e "bíblico" se tornam tão banais, que os próprios fiéis sintetizam dúvidas sobre o que realmente é verdade.

A idéia de controlar a sexualidade das pessoas não faz relação com preceitos religiosos, dependendo da crença. Que razão há em querer controlar quem você quer beijar ou com quem quer manter relações sexuais? Os personagens bíblicos não são os melhores exemplos de virtude, pureza e singelidade; o que se menciona sobre a vida deles, são relatos hostis, agressivos e adversos. É isso que a sociedade quer? A ética religiosa deveria restringir-se em pregar a inexistência de violência, o respeito ao próximo, a compreensão, o amor e o carinho; não manter atitudes mesquinhas de esculachar ou condenar os ditos "diferentes", pois tais fatores não excluem as relações homoafetivas do conceito família ou casal.

Infelizmente, o hábito de julgar certas atitudes afetivas é grande. Essa intolerância leva as pessoas a agredirem outras na rua, simplesmente por não acharem "normal" ou não saberem lidar com as diferenças. Na verdade, esse estereótipo de "diferenças sexuais" não deveria existir, de certa forma é um modo discriminante ou uma atitude de isolar certos "grupos". O amor hétero e o amor homossexual não são diferentes.

Todo argumento religioso contra a homossexualidade, se analisarmos criticamente, podemos perceber convicções cegas, sustentadas por argumentos pessoais e apoiados por "escolhas" e não por argumentos racionais. O uso da religião para condenar homossexualidade é só uma máscara utilizada para cobrir o preconceito de pessoas incoerentes, que julgam sem conhecer.

Falar sobre religião é algo totalmente árduo, as idéias, as crenças e os conceitos sobre tal tema são muito complexos; e infelizmente a minha opinião pode não ser a mesma que a sua. Mas tenha senso crítico e opinião própria pra considerar aquilo que realmente valorize você, sem se deixar cair nos preceitos populares.

Carlos Augusto Pereira

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Homossexualidade e o tabu familiar;

O preconceito homossexual, o mais robusto na nossa sociedade, é, sem dúvidas, reproduzido com mais freqüência dentro do próprio ambiente familiar.

Poderíamos dizer, remotamente, que existem “padrões” em como educar os filhos; em geral, os pais temem que estes sejam Gays ou Lésbicas e apelam para estratégias irrisórias de reforço à sexualidade instituída de geração em geração, a heterossexualidade. Quem nunca foi criança, e os pais, irmãos, tios, avós nos perguntavam se tínhamos “namoradinhos” na escola? Os adultos, automaticamente, tornam-se vigilantes a quaisquer “sinais” que indiquem homossexualidade na família. Tais estratégias de educação conservadora, orientada para que não haja variação daquilo que é estabelecido pela sociedade, são características de uma ordem familiar em que são necessários preconceitos para que se possa estabelecer/manter aquilo que é “certo”. E infelizmente é o que ocorre em ambientes familiares por todo o mundo.

A família é, direta ou indiretamente, responsável pela construção da nossa identidade; nela temos nossas primeiras impressões sobre o mundo e nossos primeiros processos de socialização, assimilando, assim, os primeiros passos para o desenvolvimento enquanto pessoa e cidadão. Associamos à família com a nossa personalidade, pois é nela que adquirimos valores, crenças, modos de comportamento e respeito. Nela nos refugiamos e nos abrigamos, procuramos carinho, amor e afeto. Mas quando um membro assume ser o que para família é algo diferente e muitas vezes considerado anormal, toda estrutura se desmorona.

Assumir-se gay ou lésbica é “dizer” que não viverá segundo o que é natural ou convencional, que viverá de modo inusitado e diferente para a sociedade, quebrando os tabus de que “a família ideal deve ser constituída por um homem e uma mulher, com seus respectivos filinhos”. Sim, experimentar uma nova forma de casamento e família. Pois para construir um casal é necessário, simplesmente, amor, respeito, companheirismo e apoio mútuo, não sendo necessário a existência de duas pessoas de sexo oposto.

Com a afirmação da homossexualidade é esperado, da família, aceitação e apoio para que se possa continuar caminhando e vivendo, enfrentando desafios e dilemas no mundo, nos outros contextos sociais conseqüentes, dos quais somos submetidos todos os dias. Mas, como muitas coisas na sociedade, nada é tão simples ou como queremos. E nem todas as famílias são perfeitas e compreensíveis ou atendem a tais expectativas; dentro delas ocorrem casos de violência motivada pela orientação sexual, por falta de compreensão, muitos pais e mães acreditam que se trata de uma doença ou de uma fase, adotando posturas drásticas, como tentar proibir o adolescente de conviver com seus amigos, tratamentos psiquiátricos ou até mesmo agressões físicas. Se homossexualidade fosse optativo, acham mesmo que as pessoas prefeririam ser àquilo que é aberração, grotesco, motivos de escárnios, de deboches, de descriminalização, pela sociedade?

Obviamente que esquecer e dispersar todas as crenças, tradições e costumes de tempos passados é ignorância, o que deve ser feito é uma filtração, e manter àquilo que beneficia todas as pessoas dentro da família. Não julgue ou ridicularize o que você não conhece, apenas reflita e tente compreender que o mundo é feito de diferenças, se não fossem estas, viveríamos numa completa monotonia de idéias, conceitos, opiniões e gostos.

É necessário diversidade no mundo.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Liberdade sem distinção;

"Todos os seres humanos nascem livres e iguais no que diz respeito à sua dignidade e seus direitos e que cada um pode se beneficiar do conjunto de direitos e liberdades sem nenhuma distinção" - afirma o Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas.

Isso mesmo galera! Na última sexta feira (17/06/2011) a ONU criou a primeira medida de apoio aos direitos dos homossexuais, defendendo a igualdade social entre a população, penando, assim, pessoas que discriminam e que agem com violência contra aqueles que se “diferem” por sua orientação sexual ou, como se referiram, identidade de gênero.

Tal medida contou, inclusive, com o voto favorável do Brasil, além dos Estados Unidos e de diversos países da União Européia. Assegurando que, finalmente, um projeto de leis respeitável está beirando um futuro bastante promissor à comunidade LGBT.

De acordo com a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, "Representa um momento histórico para ressaltar os abusos aos direitos humanos e as violações sofridas pelas pessoas lésbicas, gays, bissexuais e transexuais em todo o mundo, apenas por serem quem são".

De fato é visível tamanho preconceito existente hoje dentro da sociedade, tanto ocidentais quanto nas orientais – que digamos de passagem, foi o principal motivo que despertou entre os líderes das Nações Unidas a necessidade de um projeto de leis que penaliza quem discrimina por sexualidade. Espera-se, com tais medidas, uma diminuição contínua do índice de violência sexual que está, a cada dia, mais evidente entre as pessoas.

“Não é necessário aceitar o que pra você parece ser estranho, grotesco ou diferente, mas é direito de todos ser respeitado, não importando sexo, raça ou religião”.

Carlos Augusto

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Conheça antes de Julgar;

É fácil dizer que você é contra homossexuais e sair por aí naturalmente como se homossexualidade fosse uma espécie de abominação ou anormalidade, que você pode escarniar e sonegar quando bem entender, mas infelizmente, ou felizmente para você, nada o impede de agir dessa maneira, AINDA!

Na sociedade atual, na qual vivenciamos diariamente, é perceptível o tamanho das polêmicas que envolvem medidas relacionadas à criação de direitos homossexuais e leis contra a homofobia. A polêmica está exatamente no posicionamento da demanda contrária à tais decisões/moderações, onde estimula uma incrível distorção naquilo que costumamos chamar de “direito”, pois para os oposicionistas, basicamente, apenas os heterossexuais têm direitos de cidadania e democracia, enquanto homossexuais “lutam” sem descanso por respeito e interação social entre a população. Onde está a justiça nisso tudo?

Homossexualidade refere-se à um senso de realidade pessoal e social com base em suas atrações físicas ou emocionais por pessoas do mesmo sexo, mas costumo dizer que sexualidade não é opção, mas uma condição que lhe é posta desde que você nasce. Circunstância esta que faz toda diferença, pois você não optaria por algo que lhe prejudicasse, ou alguém opta pela pobreza? Por ser cego ou possuir qualquer outro tipo de limitação? Por possuir qualquer característica física que lhe tornasse infeliz? Com base nessas perguntas é claro e evidente que ninguém responderia “sim, eu opto por ser diferente do padrão constituído pela sociedade”, por esse motivo, quem optaria por ser homossexual, na sociedade de hoje, sabendo do sofrimento causado pelo preconceito e discriminação, sendo comparados à marginais, aturando agressões, ridicularizações e insultos desde que você, supostamente, “optou” pela homossexualidade?

Reflita sobre isso, e procure conhecer antes de desenvolver conclusões preconceituosas sobre uma pessoa homossexual, sem nunca entender as dificuldades que estes enfrentam, pois assumir uma condição amplamente rejeitada pela sociedade conservadora que vivemos não é fácil. Precisamos, todos, aprender com as pessoas diferentes e ouvir seus argumentos, já que os respeitando não nos torna homossexuais também, apenas pessoas que lutam por uma sociedade livre de qualquer tipo de preconceito e consequentemente discriminação.

Carlos Augusto pereita

terça-feira, 17 de maio de 2011

Dia Internacional contra a Homofobia;

Há algumas décadas atrás o termo “homossexualidade” servia para designar algum distúrbio ou síndrome sexual, isso mesmo, para os médicos, da época, uma pessoa homossexual era portadora de alguma “doença” até certo ponto curável. Felizmente, à base de estudos e pesquisas, foi decretado, por volta de 1990, a exclusão da homossexualidade da CID (Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados a Saúde), sendo classificado posteriormente, e até hoje, como “orientação sexual” – onde o indivíduo tem um senso de realidade pessoal e social com base em suas atrações físicas ou emocionais por pessoas do mesmo sexo.

Por esse motivo, dia 17 de maio é considerado o “Dia Internacional contra a Homofobia”. Data marcada por protestos, marchas, debates e diversos outros tipos de manifestações em diversos países, onde o principal intuito é romper o silêncio das pessoas e combater todos os tipos de discriminação que existem dentro da sociedade. Obviamente que todo dia é dia de combater o preconceito, por isso essa data é apenas simbólica.

Nós brasileiros, gays ou não, temos muito o que “comemorar” hoje, pois graças a boa conduta e a conscientização de muitos deputados no plenário federal, o casamento homoafetivo (ou simplesmente união estável entre casais homossexuais) foi legalizado alguns dias atrás, e além disso, é visível o tamanho dos “braços abertos”, por muitas pessoas dentro da sociedade, em abraçar o combate ao preconceito no mundo. Você não precisa ser homossexual pra agir dessa forma, basta apenas refletir sobre o quão mal qualquer tipo de discriminação faz ao ambiente em que você vive.


Carlos Augusto Pereita

sábado, 14 de maio de 2011

"Um beijo a Bolsonaro"

Como muitos sabem, o deputado Jair Bolsonaro vem sendo “destaque” nas polêmicas que envolvem homofobia, racismo, xenofobia, entre outros tipos de discriminações absurdas. Um político extremamente preconceituoso, cujas idéias e conceitos têm repercutido muitos debates e manifestações no Brasil e avaliações de comportamento abusivo em diversos outros países pelo mundo.

Bolsonaro é simplesmente um cidadão cuja indolência provoca indignação daqueles que “sofrem”, de certa forma, com o descaso que ele assumi, descaradamente, contra homossexuais e negros (principalmente). Afirmando que a principal causa da homossexualidade é o desvio de conduta e de criação deste e que negros deveriam simplesmente viver isolados dos brancos, indeferindo assim homossexuais e negros da sociedade.

No dia 11 de maio, quinta feira, Bolsonaro atacou os jovens de escolas públicas do Rio de Janeiro com uma espécie de panfleto “anti-gays” cuja principal mensagem envolvia a contrariedade do plano nacional que defende o direito dos homossexuais, apelando com textos incoerentes e irracionais que associa até mesmo a homossexualidade com pedofilia. Passagens como "Querem, na escola, transformar seu filho de 6 a 8 anos em homossexual", "Apresento alguns dos 180 itens deste que chamo Plano Nacional da Vergonha, onde meninos e meninas, alunos do 1º Grau, serão emboscados por grupos de homossexuais fundamentalistas, levando aos nossos inocentes estudantes a mensagem de que ser gay ou lésbica é motivo de orgulho para a família brasileira", podem ser vistas no panfleto.

Tal atitude repercutiu, ontem (13 de maio), em Florianópolis uma manifestação de estudantes, onde dezenas de casais homossexuais, bissexuais, brancos e negros se beijaram em frente à Catedral Metropolitana num ato contra a intolerância racial e sexual de pessoas como Bolsonaro que, sem nenhuma consciência cívica, expõem suas idéias “agredindo” fisicamente e emocionalmente tais jovens.

Você não precisa ser homossexual ou negro pra exigir um mundo pacífico, longe de qualquer tipo de preconceito e discriminação. Seu apoio, sua colaboração, sua insistência e sua reflexão são fundamentais e instintivas para tais manifestos. Não sinta vergonha de lutar por felicidade e paz aonde você vive.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Casamento Homoafetivo Legalizado no Brasil;

Após servir de pauta em muitas das discussões no STF (Superior Tribunal Federal), o casamento homoafetivo (ou homossexual) enfim é reconhecido entre os ministros como parte de uma entidade familiar, revigorada pelas mesmas regras que se aplicam à união estável dos casais heterossexuais.

Na realidade, antes dessa aprovação, os casais homossexuais já podiam registrar num cartório uma espécie de contrato civil, estabelecendo a divisão de bens e constatando a validade da união. Mas, com uma expressiva majoritariedade de votos, o Brasil é incluído a partir de hoje na lista de países que reconhecem o casamento homoafetivo, como comum, na sociedade.

Veja o que muda com tal decisão da STF:

- Conforme o Código Civil, os parceiros em união homoafetiva, assim como aqueles de união estável, declaram-se em regime de comunhão parcial de bens.

- Assim como nos casos previstos para união estável no Código Civil, os companheiros ganham direito a pedir pensão em caso de separação judicial.

- As empresas de saúde em geral já aceitam parceiros como dependentes ou em planos familiares, mas agora, se houver negação, a Justiça pode ter posição mais rápida.

- Os casais homossexuais tendem a ter mais relevância como alvo de políticas públicas e comerciais, embora iniciativas nesse sentido já existam de maneira esparsa.

- Por entendimento da Receita Federal, os gays já podem declarar seus companheiros como dependentes, mas a decisão ganha maior respaldo Jurídico.

- Para fins sucessórios, os parceiros ganham os direitos de parceiros heterossexuais em união estável, mas podem incrementar previsões por contrato civil.

- A lei atual não impede os homossexuais de adotarem, mas dá preferência a casais, logo, com o entendimento, a adoção para os casais homossexuais deve ser facilitada.

Enfim, uma imensidão de direitos, antes concedidos somente aos casais heterossexuais, mas que com persistência daqueles que, conscientizados, nunca discriminaram alguém por sua sexualidade, etnia ou religião, conquistaram mais um espaço para homossexuais dentro da sociedade.

Você tenta uma, tenta duas... tenta dez vezes e não consegue sucesso, você desisti e conseqüentemente comete um grande erro, pois é na base da persistência que adquirimos algo do qual estamos cansados de almejar e quando menos esperamos a vitória chega repentinamente. Sua sede pra concretizar tudo que desejou até hoje é despertada e você se vê persistente novamente.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Born This Way;


Na música e no clipe “Born This Way” de Lady Gaga, vários trechos são um tanto quanto polêmicos ou simplesmente complexos de conclusões e entendimentos. Não estou aqui pra dizer os reais significados, mas expor meu ponto de vista em algumas passagens e, claro, relacioná-los ao máximo com os fatores homossexuais.

“E assim começou o início de uma nova raça. Uma raça dentro da humanidade. Uma raça sem preconceitos, sem julgamentos, só uma liberdade sem fronteiras.”

- Tal raça, realmente, ainda está pra nascer? Hoje, na sociedade em que vivenciamos todos os dias, é claro e evidente o tamanho de cidadãos conscientes e reflexivos, que por fundamentos respeitosos e inteligentes não julgam o próximo por sua sexualidade, raça ou religião, trazendo consigo a reciprocidade de que “pra ser respeitado você deve respeitar”.

“Enquanto a mãe eterna desovava no multiverso, outro nascimento mais assustador aconteceu. O nascimento do mal.”

- O mal seria, basicamente, as pessoas opostas à raça sem preconceitos, ou seja, as que julgam por serem “diferentes” ou por acharem que são diferentes. Falo dos homofóbicos, racistas, machistas, etc. Pessoas sórdidas, hipócritas, que não pensam antes de formular uma crítica ou tirar conclusões precipitadas – exatamente, se você julga antes de qualquer conhecimento sobre, você está automaticamente discriminando.

“Mas ela se perguntou: ‘Como protegerei algo tão perfeito sem o mal?’”

- E agora, sendo que bons e maus (preconceituosos e não-preconceituosos) convivem num mesmo mundo e sociedade, como “proteger” ou defender o livre arbítrio? Eu costumo dizer que a solução para o fim dos mais variados tipos de discriminação está em “refletir, pensar, compreender, procurar conhecer, se interessar, não julgar, apoiar, respeitar...”, porque leis que condenam o preconceito podem até ser criadas e de alguma forma amenizar o ocorrente, mas assim como todas as outras ações legislativas poucos serão obedecidas e respeitadas. É visível, por exemplo, o tamanho de agressões sexuais e domésticas contra as mulheres, pedofilia, tráfico de drogas ou exploração de menores, mesmo existindo leis já aprovadas e com ordem de vigor e atuação. Portanto assim como os demais problemas existentes na nossa sociedade, Homofobia e outros tipos de preconceitos sempre existirão.

“Não tem nada de errado em amar quem você é” / “Apenas ame-se e você estará feito” / “Tenha prudência consigo mesmo” / “Na religião da insegurança, eu devo ser eu mesmo, respeitar a minha juventude” / “Não importa se os obstáculos da vida te deixaram afastado, assediado ou importunado” ...

- Tais versos simplesmente ajudam em sua autoconfiança. Sem medo de errar ou do que os outros pensam sobre você e suas atitudes, viva sua vida do jeito que você é, sorria quando tiver que sorrir, pule quando tiver que pular, chore quando tiver que chorar, abrace, beije, grite... Simplesmente curta cada minuto de vida que você tem, afinal você não é nenhum anormal e está apenas sendo feliz. E não se esqueça de respeitar a si próprio, criando coragem, força e sabedoria pra enfrentar todos os obstáculos que lhe são postos.

“Eu nasci assim (I Was Born This Way)”

- Você é o que é não por escolha, você nasceu exatamente como você é hoje, ou pelo menos sua personalidade sempre foi a mesma, sempre existirão tentativas pra modificá-la ou superá-la, mas o que nasce com você estará eternamente com você.
Carlos Augusto Pereira

quarta-feira, 16 de março de 2011

Observe diante os seus olhos;

Muitos preconceituosos discriminam por pura ignorância, por falta de consciência e por não saberem encarar o “novo” como algo absolutamente normal. Afinal o mundo é feito de diferenças, basta aprendermos a conviver com isso sem qualquer tipo de julgamento ou pré-conclusão diante etnia, raça ou sexualidade. Imagina só se vivêssemos entre iguais, com as mesmas opiniões, as mesmas críticas, as mesmas atitudes e as mesmas emoções (?)... Pois é, seria, sem dúvida, um mundo rodeado de monotonia e ‘mesmice’, no qual não haveria debates, conversas, entrosamento entre as pessoas, ou seja, sem nenhum tipo de confraternização social.

Como muitos sabem, a palavra preconceito significa resumidamente “conceituar antes de se informar”, ou seja, tirar conclusões precipitadas, afirmar antes de saber ou simplesmente discriminar sem razões; substantivo este que infelizmente avança diante a sociedade - de um modo generalizado. Muitas pessoas se preocupam mais em julgar o que não conhecem, do que com o que se passa diante seus olhos todos os dias; eu me refiro aos diferentes tipos de violência que a sociedade sofre diariamente.

O difícil de entender é a falta de preocupação da população diante pedofilia, violência doméstica, exploração e abusos sexuais, tráfico de drogas, furtos... Enfim! Uma imensidão de padecias que nos são informadas comumente; e a rejeição destes diante homossexuais, que são agredidos sem nenhum tipo de justificação ou pelo simples fato de terem sua sexualidade fora do “padrão” que a sociedade está acostumada a vivenciar.

O motivo principal da discriminação sexual está relacionado, principalmente, com a falta de informação da população diante este assunto, ou seja, pouco se é transmitido sobre a comunidade GLBT para as pessoas. Os telejornais, revistas ou rádios, dão preferência àquilo que agride a sociedade ao que poderia conscientizar as pessoas sobre as diferenças existentes entre elas; um exemplo claro é a inibição de cenas gays nas novelas, que são tratadas como algo grotesco e diferente para os telespectadores entenderem.

A agremiação homossexual necessita de espaços dentro das sociedades, não espaços preferenciais e sim espaços de conscientização, que ajudariam os interessados com informações sobre tais pessoas que, não se distinguem das outras por ter sua sexualidade diferente. E os nossos olhos não deveriam se voltar, somente, ao que é catastrófico para o mundo, e sim para o que é benéfico às pessoas.

"Somente quando tivermos coragem para encarar as coisas exatamente como elas são, sem decepção pessoal ou ilusão, uma luz se desevendará dos acontecimentos, através do qual o caminho para o sucesso será conhecido." (I ching)


Carlos Augusto Pereira

quarta-feira, 9 de março de 2011

Carnagay;

Cada região comemora de uma forma, cada uma com seus costumes e com sua tradição; porém o que não falta em nenhum Carnaval é alegria, o sorriso estampado no rosto de cada folião, o divertimento, as conciliações, os relacionamentos – muitas vezes momentâneos -... enfim! Uma imensidão de gestos e emoções que semeiam cada cantinho do Brasil. Mas eu não to aqui pra conceituar o Carnaval, pelo menos não de um modo geral, e sim pra falar sobre o público gay dentro e diante toda essa festividade.

É visível o grande avanço que a sociedade está tendo com “aceitar gays entre eles”; Pop Gay, por exemplo, evento, não só mas principalmente, dirigido ao público GLS, que vem ganhando espaço dentro das comunidades, com todos os tipos de espectadores, sejam eles homossexuais ou pais de família, crianças, senhores de idade... pessoas que, conscientemente, não discriminam uma pessoa por sua sexualidade, que as tratam como iguais sem nenhum tipo de preconceito cabível.

Carnaval é época de piadas e de extroversão, e com certeza os deboches e os escárnios contra a sociedade GLS é grande; homens se fantasiam de mulher, de gays, de negros ... como se isso realmente fosse uma fantasia; o que eles não sabem é que o que é engraçado pra eles, é a nossa realidade.

Mas com o tempo, homossexuais ganharão seus espaços dentro da sociedade, locais estes onde não existirá preconceito e nenhuma forma de discriminação, apenas respeito e tratamento de igualdade, independentemente de cor, sexo ou etnia. Preconceituosos sempre existirão, basta evitá-los e ignorá-los, já que influências deles nós nunca receberemos.
Carlos Augusto Pereira

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Beijo Gay em novelas, um ato próximo ou distante de acontecer?

Há quem diga que esse tipo de ação em emissoras de televisão abertas esteja mais perto do que imaginamos, os chamados ativistas que em prol da ABLGT, lutam pelo fim das discriminações sexuais e, atualmente, visibilizam esse “descaso” da mídia como uma atitude totalmente preconceituosa.

A TV brasileira sempre demonstrou a homossexualidade de uma maneira um tanto quanto retórica e “destorcida”, sempre restringindo a ‘comunidade gay’ em programas de comédias, de notícias criminais ou mesmo religiosos; o que expressa desestima com o público homossexual, por não presenciarem afetividade entre os personagens gays, principalmente, nas novelas; já que nos cinemas tanto internacionais quanto nacionais, personagens gays já protagonizaram cenas de beijos e carinho.

Considera-se que não mostrar tais cenas na televisão é falta de coragem e ousadia dos autores responsáveis pelas telematurgias, por encararem o beijo gay como uma afronta à sociedade e não como uma demonstração de afeto, assim como com os heterossexuais. Mas desde quando demonstrações de afeto são afrontas a sociedade? Corrupção, violência, seqüestros, acidentes, roubos, isso sim são totalmente fadiga com o os telespectadores. Porém, o que é novo sempre será encarado com preconceito.

Ao invés de evitar cenas de afetividade ou mesmo de beijos Gay na televisão, porque não usar essa “estratégia”, ou publicidade, para entornar a sociedade no que diz respeito à homossexualidade? Mostrar que tal afeição é algo extremamente normal entre a população de hoje, diminuiria em grande escala a violência contra os homossexuais.

Combater o preconceito e estimular a aceitação das diferenças através das mídias, diso sim eu sou a favor.

Carlos Augusto Pereira