quinta-feira, 28 de abril de 2011

Born This Way;


Na música e no clipe “Born This Way” de Lady Gaga, vários trechos são um tanto quanto polêmicos ou simplesmente complexos de conclusões e entendimentos. Não estou aqui pra dizer os reais significados, mas expor meu ponto de vista em algumas passagens e, claro, relacioná-los ao máximo com os fatores homossexuais.

“E assim começou o início de uma nova raça. Uma raça dentro da humanidade. Uma raça sem preconceitos, sem julgamentos, só uma liberdade sem fronteiras.”

- Tal raça, realmente, ainda está pra nascer? Hoje, na sociedade em que vivenciamos todos os dias, é claro e evidente o tamanho de cidadãos conscientes e reflexivos, que por fundamentos respeitosos e inteligentes não julgam o próximo por sua sexualidade, raça ou religião, trazendo consigo a reciprocidade de que “pra ser respeitado você deve respeitar”.

“Enquanto a mãe eterna desovava no multiverso, outro nascimento mais assustador aconteceu. O nascimento do mal.”

- O mal seria, basicamente, as pessoas opostas à raça sem preconceitos, ou seja, as que julgam por serem “diferentes” ou por acharem que são diferentes. Falo dos homofóbicos, racistas, machistas, etc. Pessoas sórdidas, hipócritas, que não pensam antes de formular uma crítica ou tirar conclusões precipitadas – exatamente, se você julga antes de qualquer conhecimento sobre, você está automaticamente discriminando.

“Mas ela se perguntou: ‘Como protegerei algo tão perfeito sem o mal?’”

- E agora, sendo que bons e maus (preconceituosos e não-preconceituosos) convivem num mesmo mundo e sociedade, como “proteger” ou defender o livre arbítrio? Eu costumo dizer que a solução para o fim dos mais variados tipos de discriminação está em “refletir, pensar, compreender, procurar conhecer, se interessar, não julgar, apoiar, respeitar...”, porque leis que condenam o preconceito podem até ser criadas e de alguma forma amenizar o ocorrente, mas assim como todas as outras ações legislativas poucos serão obedecidas e respeitadas. É visível, por exemplo, o tamanho de agressões sexuais e domésticas contra as mulheres, pedofilia, tráfico de drogas ou exploração de menores, mesmo existindo leis já aprovadas e com ordem de vigor e atuação. Portanto assim como os demais problemas existentes na nossa sociedade, Homofobia e outros tipos de preconceitos sempre existirão.

“Não tem nada de errado em amar quem você é” / “Apenas ame-se e você estará feito” / “Tenha prudência consigo mesmo” / “Na religião da insegurança, eu devo ser eu mesmo, respeitar a minha juventude” / “Não importa se os obstáculos da vida te deixaram afastado, assediado ou importunado” ...

- Tais versos simplesmente ajudam em sua autoconfiança. Sem medo de errar ou do que os outros pensam sobre você e suas atitudes, viva sua vida do jeito que você é, sorria quando tiver que sorrir, pule quando tiver que pular, chore quando tiver que chorar, abrace, beije, grite... Simplesmente curta cada minuto de vida que você tem, afinal você não é nenhum anormal e está apenas sendo feliz. E não se esqueça de respeitar a si próprio, criando coragem, força e sabedoria pra enfrentar todos os obstáculos que lhe são postos.

“Eu nasci assim (I Was Born This Way)”

- Você é o que é não por escolha, você nasceu exatamente como você é hoje, ou pelo menos sua personalidade sempre foi a mesma, sempre existirão tentativas pra modificá-la ou superá-la, mas o que nasce com você estará eternamente com você.
Carlos Augusto Pereira

quarta-feira, 16 de março de 2011

Observe diante os seus olhos;

Muitos preconceituosos discriminam por pura ignorância, por falta de consciência e por não saberem encarar o “novo” como algo absolutamente normal. Afinal o mundo é feito de diferenças, basta aprendermos a conviver com isso sem qualquer tipo de julgamento ou pré-conclusão diante etnia, raça ou sexualidade. Imagina só se vivêssemos entre iguais, com as mesmas opiniões, as mesmas críticas, as mesmas atitudes e as mesmas emoções (?)... Pois é, seria, sem dúvida, um mundo rodeado de monotonia e ‘mesmice’, no qual não haveria debates, conversas, entrosamento entre as pessoas, ou seja, sem nenhum tipo de confraternização social.

Como muitos sabem, a palavra preconceito significa resumidamente “conceituar antes de se informar”, ou seja, tirar conclusões precipitadas, afirmar antes de saber ou simplesmente discriminar sem razões; substantivo este que infelizmente avança diante a sociedade - de um modo generalizado. Muitas pessoas se preocupam mais em julgar o que não conhecem, do que com o que se passa diante seus olhos todos os dias; eu me refiro aos diferentes tipos de violência que a sociedade sofre diariamente.

O difícil de entender é a falta de preocupação da população diante pedofilia, violência doméstica, exploração e abusos sexuais, tráfico de drogas, furtos... Enfim! Uma imensidão de padecias que nos são informadas comumente; e a rejeição destes diante homossexuais, que são agredidos sem nenhum tipo de justificação ou pelo simples fato de terem sua sexualidade fora do “padrão” que a sociedade está acostumada a vivenciar.

O motivo principal da discriminação sexual está relacionado, principalmente, com a falta de informação da população diante este assunto, ou seja, pouco se é transmitido sobre a comunidade GLBT para as pessoas. Os telejornais, revistas ou rádios, dão preferência àquilo que agride a sociedade ao que poderia conscientizar as pessoas sobre as diferenças existentes entre elas; um exemplo claro é a inibição de cenas gays nas novelas, que são tratadas como algo grotesco e diferente para os telespectadores entenderem.

A agremiação homossexual necessita de espaços dentro das sociedades, não espaços preferenciais e sim espaços de conscientização, que ajudariam os interessados com informações sobre tais pessoas que, não se distinguem das outras por ter sua sexualidade diferente. E os nossos olhos não deveriam se voltar, somente, ao que é catastrófico para o mundo, e sim para o que é benéfico às pessoas.

"Somente quando tivermos coragem para encarar as coisas exatamente como elas são, sem decepção pessoal ou ilusão, uma luz se desevendará dos acontecimentos, através do qual o caminho para o sucesso será conhecido." (I ching)


Carlos Augusto Pereira

quarta-feira, 9 de março de 2011

Carnagay;

Cada região comemora de uma forma, cada uma com seus costumes e com sua tradição; porém o que não falta em nenhum Carnaval é alegria, o sorriso estampado no rosto de cada folião, o divertimento, as conciliações, os relacionamentos – muitas vezes momentâneos -... enfim! Uma imensidão de gestos e emoções que semeiam cada cantinho do Brasil. Mas eu não to aqui pra conceituar o Carnaval, pelo menos não de um modo geral, e sim pra falar sobre o público gay dentro e diante toda essa festividade.

É visível o grande avanço que a sociedade está tendo com “aceitar gays entre eles”; Pop Gay, por exemplo, evento, não só mas principalmente, dirigido ao público GLS, que vem ganhando espaço dentro das comunidades, com todos os tipos de espectadores, sejam eles homossexuais ou pais de família, crianças, senhores de idade... pessoas que, conscientemente, não discriminam uma pessoa por sua sexualidade, que as tratam como iguais sem nenhum tipo de preconceito cabível.

Carnaval é época de piadas e de extroversão, e com certeza os deboches e os escárnios contra a sociedade GLS é grande; homens se fantasiam de mulher, de gays, de negros ... como se isso realmente fosse uma fantasia; o que eles não sabem é que o que é engraçado pra eles, é a nossa realidade.

Mas com o tempo, homossexuais ganharão seus espaços dentro da sociedade, locais estes onde não existirá preconceito e nenhuma forma de discriminação, apenas respeito e tratamento de igualdade, independentemente de cor, sexo ou etnia. Preconceituosos sempre existirão, basta evitá-los e ignorá-los, já que influências deles nós nunca receberemos.
Carlos Augusto Pereira

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Beijo Gay em novelas, um ato próximo ou distante de acontecer?

Há quem diga que esse tipo de ação em emissoras de televisão abertas esteja mais perto do que imaginamos, os chamados ativistas que em prol da ABLGT, lutam pelo fim das discriminações sexuais e, atualmente, visibilizam esse “descaso” da mídia como uma atitude totalmente preconceituosa.

A TV brasileira sempre demonstrou a homossexualidade de uma maneira um tanto quanto retórica e “destorcida”, sempre restringindo a ‘comunidade gay’ em programas de comédias, de notícias criminais ou mesmo religiosos; o que expressa desestima com o público homossexual, por não presenciarem afetividade entre os personagens gays, principalmente, nas novelas; já que nos cinemas tanto internacionais quanto nacionais, personagens gays já protagonizaram cenas de beijos e carinho.

Considera-se que não mostrar tais cenas na televisão é falta de coragem e ousadia dos autores responsáveis pelas telematurgias, por encararem o beijo gay como uma afronta à sociedade e não como uma demonstração de afeto, assim como com os heterossexuais. Mas desde quando demonstrações de afeto são afrontas a sociedade? Corrupção, violência, seqüestros, acidentes, roubos, isso sim são totalmente fadiga com o os telespectadores. Porém, o que é novo sempre será encarado com preconceito.

Ao invés de evitar cenas de afetividade ou mesmo de beijos Gay na televisão, porque não usar essa “estratégia”, ou publicidade, para entornar a sociedade no que diz respeito à homossexualidade? Mostrar que tal afeição é algo extremamente normal entre a população de hoje, diminuiria em grande escala a violência contra os homossexuais.

Combater o preconceito e estimular a aceitação das diferenças através das mídias, diso sim eu sou a favor.

Carlos Augusto Pereira

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Bye Bye 2010;

Em fim mais um ano se foi, ano esse que talvez fique um bom tempo guardado em nossa memória. Pra muitos um ano de conquistas, de sonhos concretizados, de desejos realizados, de esperanças alimentadas com alegria, paz, sucesso e vitória; mas para outros, de vontades insatisfeitas, de choro, desespero, tristeza... Como muitos anos que se passaram e que ainda virão, repleto de complexidade e de antagonismo, amplamente discriminante, preconceituoso e injusto.

Para o “Universo LGBT”, 2010 modestamente despertou atenção de muitas pessoas. Talvez os fatos mais marcantes foram o de diversas regiões como New Hampshire (Estados Unidos), Washington, D.C. (Estados Unidos), Portugal, Islândia e Argentina, terem reconhecido a união de pessoas de mesmo sexo; dos direitos civis igualados/unificados; a conquista por respeito, apoio e tolerância. Mas engana-se quem pensa que para nós Homossexuais tudo derivou-se de conquistas, concretizações e realizações, a realidade também baseou-se em acontecimentos abusivos, preconceituosos e discriminantes; jovens brutalmente agredidos, mortos e intolerados; motivos? Somente covardia, falta de consciência; vítimas de pura homofobia, sem razões ou motivos.

Mas para 2011 levamos conosco apenas as lembranças satisfatórias, vitoriosas e beneficentes. Quem sabe, nesse ritmo, consigamos lograr mais e mais direitos, amenizar a discriminação e o preconceito, nos tornando “livres” em ações, hoje, encaradas com escárnio e desprezo.

Como diria Katy Perry: “you're a firework Come on show 'em what you're worth”; encare a vida como ela é, mas não se esqueça que juntos podemos derrotar obstáculos e enfrentar barreiras,mas com um final totalmente recompensado. Então não deixe nunca de fazer seu papel na sociedade, respeite, reflita, tolere, sorria, abrace, extravague, pule, grite... busque sempre um mundo fora de diferenças, vote pela diversidade.

XO.XO.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Papa Bento XVI vs. Homossexualidade

O papa Bento XVI afirmou que os homossexuais devem ser respeitados como pessoas que "não devem ser discriminadas porque apresentam aquelas tendências". "O respeito pela pessoa é absolutamente fundamental e decisivo", defendeu o Pontífice. Ele completou que, "todavia, o profundo sentido da sexualidade é um outro. Poderia dizer, querendo se expressar nestes termos, que a evolução gerou a sexualidade com a finalidade da reprodução".


Precisamos mesmo de alguém que "impere" respeito entre a sociedade e os homossexuais, ou é dever nosso consquistar respeito dentro da sociedade (?) Com toda certeza as reverências que adiquirimos por toda vida é fruto do nosso esforço, das atitudes tomadas, dos direitos reivindicados e de nossa postura na sociedade - de respeito, de tolerância e de compaixão -, não precisamos de alguém que, em público, diga: "os homossexuais devem ser respeitados". Isso, com um mínimo de consciência ou por quem não discrimina, é um tanto quanto óbvio, pois respeito pelo próximo, diante etnia, raça, religião ou sexualidade, é fundamental para uma boa conduta dentro da sociedade.

Além disso, essa pronúncia não ameniza as atitudes preconceituosas e discriminantes da Igreja Católica, quanto ao casamento, às relações e à adoção gay. Para muitas pessoas , conscientizadas e sem preconceitos, isso pode ser encarado como um grande avanço social; não nego que seja, mas eles não sentem na pele todos os dias os mais variados tipos de discriminação que os homossexuais sofrem e consequentemente se submetem.

Não estou aqui desdenhando o papel de querer mudar a atitude de um cidadão, mesmo porque nem eu nem ninguém têm esse poder, procuro apenas, com essas iniciativas, tentar universalizar os que discriminam numa sociedade com tanta diferença étnica, como a nossa.

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segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Parada da Diversidade Sexual;

Parada Gay refere-se a uma ação afirmativa do público LGBT tendo como principal tema o Orgulho Gay. Visando combater a homofobia, a discriminação sexual e, principalmente, a vergonha sentida por muitos homossexuais diante os aspectos religiosos, políticos e sociais.

Durante muito tempo, homossexuais eram considerados pela sociedade como pessoas que se diferiam das outras ou que não se enquadravam na "ficha do que é ser um cidadão"; como conseqüência muitos destes mantinham-se condenados, por júri próprio, vivendo na mentira, na farsa, com uma "máscara" em seus rostos. Apesar de uma imensa tolerância, a homossexualidade é ainda considerada por muitos uma anormalidade.

Porém, graças a protestos e persistência do público LGBT, e com muita influência das Paradas Gays por todo o mundo, aos poucos tais cidadãos vão cativando no mundo seu lugar, ou melhor, vão ampliando seu universo para um dia serem totalmente livres de preconceitos.

Para muitos a Parada Gay é considerada extravagância do público LGBT, até mesmo alguns homossexuais vêm dessa maneira, devido à exposição da sexualidade de uma maneira tão esdrúxula que os fazem se sentir envergonhados; mas para outros, é mais uma conquista na luta por direitos civis iguais à todas as classes étnicas.

Se você parar para olhar pra trás e analisar a situação de um homossexual dentro da sociedade, com certeza verás um grande avanço adquirido ao longo dos anos até os dias de hoje; já que, antigamente a mente das pessoas era mais fechada, estes não recebiam informações sobre a vida homossexual - que acabava sendo encarada como algo irreal, novo, diferente - e, portanto visto com "outros olhos", ou seja, era revogado com preconceito (pessoas concluíam, pensavam e afirmavam antes de saber sobre determinado aspecto). Hoje, devido ao grande lote de informações que as pessoas recebem de TV, rádio, internet (...) com certeza as torna mais aptas a julgar e, portanto conscientizarem de que homossexuais devem ser tratados como cidadãos comuns, não os julgando ou discriminado pela sua sexualidade.

A Luta pelo fim das desigualdades sexuais, que ainda discriminam os LGBT’s nas ruas, família, local de trabalho, locais públicos, etc., terão, ainda, um longo caminho a percorrer, porém sem desistência; caso contrário, tudo que foi conquistado até hoje, vagariam na consciência das pessoas em vão.

(Carlos Augusto Pereira)